Política
Doria sinalisa desistir de candidatura à presidência da República
Informação foi confirmada por pessoas ligadas ao Palácio dos Bandeirantes; governador de SP vai fazer anúncio sobre o assunto nesta quinta-feira
JORNAL O PRECURSOR / JOVEM PAN
O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), deve desistir de sua candidatura à presidência da República. Nesta quinta-feira, 31, ele fará um anúncio sobre o assunto, em coletiva de imprensa, às 16h. Doria vai continuar no comando do governo paulista até o final do ano, mas não há informações até o momento se ele tentará a reeleição ao cargo. A informação da provável desistência de Doria de concorrer ao Palácio do Planalto foi confirmada à Jovem Pan por pessoas ligadas ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo.
No final do ano passado, Doria foi o vencedor das prévias do PSDB, contra o ex-senador Arthur Virgílio e o então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tornando-se o pré-candidato oficial da legenda à presidência da República. Desde a vitória, o paulista vinha fazendo articulações políticas com outros pré-candidatos, como Simone Tebet (MDB) e Sergio Moro (Podemos), e não dava sinais de que iria desistir da disputa, apesar de não sair do quinto lugar das pesquisas de intenção de voto, alcançando sempre algo em torno de 2% a 3% e ficando atrás de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Moro e Ciro Gomes (PDT). Doria foi eleito com apoio do presidente Bolsonaro, mas durante a pandemia da Covid-19 tornou-se um dos seus principais rivais políticos, tendo insistido duramente em críticas ao chefe do Executivo nacional e na necessidade da população brasileira acreditar na ciência e na eficácia das vacinas contra o novo coronavírus.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tentou uma aproximação com Eduardo Leite após a derrota dele nas prévia, visando convencê-lo a mudar de partido e disputar a presidência, o que, no final, foi rejeitado pelo tucano. Entretanto, na última segunda-feira, 28, Leite renunciou ao seu cargo de governador do Rio Grande do Sul, abrindo margens para possibilidades de “golpe” interno no PSDB. Até o momento, não há a confirmação de que ele deverá ser o novo candidato do partido à presidência.