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Em MS, partidos da base bolsonarista saem fortalecidos da janela partidária
Passado o período da mudança de legendas, PP passa a ter mais parlamentares na bancada federal e também na Assembleia
CORREIO DO ESTADO / EDUARDO MIRANDA
Os partidos da base bolsonarista saíram fortalecidos do período da janela partidária em Mato Grosso do Sul. Na bancada federal, o PP passou a ser o partido com o maior número de deputados federais de Mato Grosso do Sul, juntamente com o PSDB.
Na Assembleia Legislativa, porém, o PP reina sozinho com o time mais expressivo de deputados estaduais.
A janela partidária também serve para mudar a característica dos parlamentos, que foi uma fotografia do resultado das eleições de 2018 e ficou congelada até março deste ano.
Depois de todas as transições ocorridas, PL e PP saem com as maiores bancadas, com alianças e, pelo menos no papel, parecem ter a maior estrutura para ter um bom desempenho nas próximas eleições.
Na Câmara dos Deputados, o PP tornou-se a casa dos bolsonaristas Luiz Ovando e Tereza Cristina, ambos egressos do União Brasil. Ele eleito pelo PSL, na onda bolsonarista, e ela eleita pelo DEM, na chapa em que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi eleito nas eleições passadas.
O PSDB, que chegou a ter três deputados federais até o mês passado, agora tem dois. Beto Pereira continua no partido e agora é colega de bancada do ex-pedetista Dagoberto Nogueira, que deixou a legenda trabalhista em Mato Grosso do Sul em busca de uma chance maior de reeleição.
Bia Cavassa, que ocupou a bancada do PSDB de Mato Grosso do Sul, volta para casa com o retorno de Tereza Cristina à Câmara dos Deputados.
A outra baixa no PSDB foi de Rose Modesto. A deputada federal ingressou no União Brasil para lançar-se pré-candidata à governadora do Estado pelo partido.
O PL agora tem um representante na Câmara Federal: Loester Trutis. Ele tentará a reeleição na mesma legenda do presidente Jair Bolsonaro e, para isso, deixou o União Brasil (foi eleito pelo PSL em 2018).
Os outros dois deputados federais, Vander Loubet (PT) e Fábio Trad (PSD), permanecem fiéis a seus partidos.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Depois da janela partidária, o PP ficou com a maior bancada da Assembleia Legislativa, com cinco deputados estaduais: Evander Vendramini e Gerson Claro, que já estavam por lá, além dos recém-chegados Barbosinha (ex-União Brasil, eleito pelo DEM), Marçal Filho (ex-PSDB) e Londres Machado (ex-PSD).
O PSDB, que antes tinha cinco deputados estaduais, agora tem quatro: o presidente da casa, Paulo Corrêa, Mara Caseiro e os recém-chegados Zé Teixeira (ex-União Brasil, eleito pelo DEM) e Jamilson Name, que estava sem partido, mas havia sido eleito pelo PDT.
A terceira maior bancada da casa passa a ser a do PL. O partido, que antes tinha apenas João Henrique Catan, depois da adesão do presidente da República Jair Bolsonaro, ganhou a filiação de Coronel David (que estava sem partido, mas foi eleito pelo PSL) e Neno Razuk (ex-PTB).
O Republicanos, partido ligado à base bolsonarista, que já tinha o bispo da Igreja Universal Antônio Vaz, ganhou a adesão de Herculano Borges (ex-Solidariedade).
O MDB passa a ter dois deputados somente: Renato Câmara e Márcio Fernandes. O partido perdeu Paulo Duarte para o PSB. O PT permanece com Pedro Kemp e Amarildo Cruz.
Os demais partidos terão apenas um representante na Assembleia: o PSD terá o ex-tucano Felipe Orro, e o outro ex-tucano Rinaldo Modesto agora está no Podemos.
Capitão Contar, que estava no União Brasil (foi eleito pelo PSL) e migrou para o PL logo no início do mês, mudou novamente de sigla na sexta-feira e transferiu-se para o PRTB.
Lídio Lopes permanece no Patriota, enquanto Lucas de Lima, que era do Solidariedade, agora está no PDT.
5 deputados estaduais
A maior bancada da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul agora é do PP, que passa a ter cinco deputados estaduais: Evander Vendramini, Gerson Claro, Londres Machado, Barbosinha e Marçal Filho.