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Chapa Simone e Leite agrada emedebistas de Mato Grosso do Sul
Marido da senadora contesta rumor de plano B que indica disputa por reeleição, e não pela Presidência da República
CORREIO DO ESTADO / CELSO BEJARANO
Declaração do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), que expressou ontem (4) a possibilidade de concorrer como vice da senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) em uma disputa pela Presidência da República, agradou aos emedebistas de MS. Eles creem que a eventual composição desta chapa deve impulsionar as chances da presidenciável.
Apesar do entusiasmo dos correligionários, em Mato Grosso do Sul, os murmurinhos que insistem na ideia de que a senadora pode, ainda, abandonar a disputa pela sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e buscar a reeleição tiveram início há 3 meses. O mandato de Simone expira no fim de janeiro de 2023.
O deputado estadual licenciado Eduardo Rocha (MDB), marido da senadora, disse que, se confirmado o desejo de Leite, Simone deixaria de se destacar como opção da 3ª via e se tornaria rapidamente “alternativa certa da 1ª via'.
Em março, dois pré-candidatos da conhecida 3ª via renunciaram à ideia de concorrer à Presidência da República – o senador Rodrigo Pacheco e Alessandro Vieira, ambos do PSD. O ex-juiz federal Sergio Moro anunciou na semana passada que também não queria mais disputar a Presidência, mas voltou atrás.
O presidente do MDB em Mato Grosso do Sul, Junior Mochi, também acredita ser uma vantagem eleitoral o fato de Simone e o ex-governador gaúcho estarem juntos na mesma chapa. Para ele, a eventual aliança favoreceria a pré-candidatura de Simone.
Eduardo Rocha disse que MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil mantêm “conversas adiantadas' para disputarem a Presidência “juntos'.
“O Doria [João Doria, ex-governador paulista que venceu Leite nas prévias do PSDB em novembro e conquistou a condição de se tornar o pré-candidato do partido] sofre rejeição pessoal. O Eduardo Leite, mesmo perdendo para Doria, renunciou ao governo gaúcho e está no jogo. E se juntar com a candidatura de Simone forma-se uma grande chapa', afirmou Rocha.
“Juntando a experiência em gestão da Simone com a dele [Leite], conquistamos a preferência de quem não quer a extrema direita nem a extrema esquerda', acredita Rocha, hoje integrante do secretariado do governo de MS.
PLANO B
Embora rumores vindos dos bastidores políticos de MS indiquem que Simone tenha um plano B ainda para as eleições de outubro, Rocha nega com veemência.
Pelo zunzum político, Simone, em caso de fracasso em pesquisas eleitorais ainda na condição de pré-candidata, retomaria o projeto de concorrer à reeleição.
Ao Correio do Estado, e sempre que questionada pela imprensa regional e nacional sobre a questão, ela contrapõe os ruídos e diz que não tem plano B nem C nem D. “Quero ser presidente', responde.
O discurso é repetido pelo marido: “Só temos plano A, que é concorrer à Presidência'.
EX-GOVERNADOR GAÚCHO
A possibilidade de concorrer como vice de Simone foi dita por Eduardo Leite em uma entrevista veiculada ontem pela rádio Eldorado.
Para o tucano, “é muito prematuro falar em que posição cada um tem que assumir. A nossa disposição e disponibilidade tem que ser de construir apoiando, participando da chapa como vice-presidente, se for o caso. Tudo tem que ser muito conversado, de forma a viabilizar maior capacidade eleitoral', afirmou o ex-governador do RS.
Depois, Leite nominou a senadora: “Tenho muito respeito pelo nome da senadora Simone Tebet e pela sua aspiração, também legítima, de se apresentar como candidata. A gente ainda não avançou em conversas nessa direção'.