Em uma semana Capital tem 5 mortes por gripe e 22 crianças internadas no CTI

Com unidades superlotadas, Prefeitura decreta situação de emergência em Campo Grande

FERNANDA PALHETA, KAMILA ALCâNTARA E JHEFFERSON GAMARRA / CAMPO GRANDE NEWS


Pacientes formam fila em busca de atendimento na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande (Foto: Paulos Francis)

Em uma semana, Campo Grande registrou cinco mortes por gripe e 1.033 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), as mortes aconteceram entre os dias 19 e 28 de abril e as vítimas tinham entre 30 e 100 anos.

No dia 19 de abril, dois homens, de 52 e 54 anos, morrem. Nos dias 26 e 27 de abril duas idosas, de 100 e 91 anos, foram vítimas da doença. E no último domingo (28) uma mulher de 30 anos morreu por gripe.

Com o aumento dos casos leitos de hospitais, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) estão 100% ocupados. De acordo com a pasta, nesta terça-feira (30), 22 crianças estão internadas no CTI (Centro de Terapia Intensivo) da Santa Casa, do Hospital Regional e do HU-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian).

Diante do cenário da saúde municipal, a prefeita Adriane Lopes (PP), assinou o decreto, válido por 90 dias, declarando situação de emergência e autorizando medidas administrativas para enfrentar a crise.

Conforme o documento publicado em edição extra do Degrade (Diário Oficial de Campo Grande) hoje, a Secretaria de Saúde coordenará as ações para conter a emergência, podendo emitir normas complementares conforme necessário. O decreto entra em vigor imediatamente, podendo ser prorrogado.

Nas UPAs e CRSs houve um reforço na equipe médica, com um profissional a mais em cada unidade e dois na UPA Leblon, local com maior fluxo de atendimento. Segundo a Secretaria, o tempo de espera por atendimento pode variar de 2 a 5 horas.

A tendência é que os casos aumentem na macro região de Campo Grande, é o que aponta último o Infogripe divulgado pela Fiocruz, com os dados do Ministério da Saúde. “Tem a possibilidade de um aumento de mais de 95% dos casos', disse a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite.

Ela reforça a necessidade da prevenção. Este ano, a Prefeitura antecipou a campanha de vacinação contra a gripe, porém a adesão foi baixa. Apenas 17% do público-alvo se vacinaram.

A titular da pasta informou que será mantida a estratégia de vacinação. “A ideia é reforçar as atuais estratégias para atrair esse público. A vacinação todos os dias nas unidades de saúde e nos finais de semana, em sistema de plantão', afirmou.

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