Internacional
O que é o 'Satan II', a arma nuclear mais mortal do mundo testada na Rússia
OLHAR DIGITAL/GABRIEL SéRVIO
Imagens de satélite mostrando um teste de lançamento do míssil RS-28 Sarmat (ou “Satan II'), geraram preocupações sobre o arsenal nuclear da Rússia. Especialistas em armas acreditam que os russos tentaram novamente testar seu mais recente míssil balístico intercontinental, mas sofreram uma falha catastrófica.
Uma das Imagens publicadas no X em setembro mostra uma grande cratera no local da última tentativa de lançamento em Plesetsk, no norte da Rússia.
“Tudo o que nos resta é completar os procedimentos administrativos para passar para a produção em massa e implantá-lo em modo de prontidão de combate. Faremos isso em breve', disse Putin. Até agora, o RS-28 ainda não entrou oficialmente em serviço;
Não está claro qual é a situação real da arma após uma nova suposta falha de teste. Se os especialistas estiverem corretos, isso marcaria a quarta falha conhecida do RS-28. A única tentativa de teste bem-sucedida confirmada da arma aconteceu em abril de 2022.
Matt Korda, pesquisador sênior do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI na sigla em inglês), disse ao Euronews que a introdução do Sarmat seria “politicamente significativa' para Putin e parte de um processo de modernização pelo qual “todos os estados com armas nucleares passam'.
“Imagens de satélite indicam que uma grande construção está bem encaminhada no primeiro regimento da 62ª Divisão de Mísseis no sul da Sibéria, e começará em breve em outros locais de implantação esperados', explicou Korta.
O presidente russo já declarou antes que um dos propósitos do RS-28 é desencorajar a escalada nuclear dos Estados Unidos, visto que a Rússia assinou e ratificou o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, enquanto os Estados Unidos apenas o assinaram. O tratado proposto proibiria todas as explosões nucleares, mas ainda não entrou em vigor.
Em novembro de 2023, Putin retirou a ratificação da Rússia com o propósito de espelhar a posição adotada pelos EUA. Com vários países com capacidade nuclear ainda se recusando a assinar ou ratificar o tratado, os testes de armas continuam em todo o mundo.