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Gabi Petry: “O set do Jayme Monjardim é uma paz, cheio de respeito e profissionalismo'
Gabi Petry tem uma história com seu início na TV Globo, lá no Domingão do Faustão.
CORREIO DO ESTADO / FLAVIA VIANA
Gabriela Petry, 35 anos, é natural de Florianópolis.
Recentemente essa linda e talentosa catarinense foi aclamada por público e crítica pela minissérie dirigida por Jayme Monjardim, “Passaporte para a Liberdade'.
A atriz interpretou a cantora Vivi Landau Kruger.
Essa foi a primeira produção da Rede Globo totalmente em inglês, em
parceria com a Sony Pictures Television. A série, gravada, no Rio, e, em Buenos Aires, na Argentina, vai conta a história de Aracy de
Carvalho (Sophie Charlotte), brasileira que salvou a vida de centenas de
judeus, na Alemanha, durante a 2ª Guerra Mundial.
'Minha personagem se chama Taibele Bashevis, mas ela usa Vivi como seu novo nome para poder seguir com a sua carreira artística. Ela é uma mulher judia, forte e decidida, mas que tem que ocultar sua essência familiar para realizar o seu sonho', conta.
'A ideia é levar essa história linda de uma heroína brasileira para o mundo todo. A produção é impecável e foi um trabalho minucioso de toda a equipe', diz Gabi, que se mudou com a família para Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, em 1999, e por lá ficou por quase cinco anos, onde se formou em teatro musical, e atuou em várias peças e musicais, até 2004, quando voltou ao Brasil.
Gabi tem uma história com seu início na TV Globo, lá no Domingão do Faustão.
“Sou muito, muito grata a toda aquela equipe, pela confiança e todo aprendizado durante anos de programa. Ganhei uma família', relembra.
Gabi teve a oportunidade de atuar em grandes projetos musicais, como `Peter Pan´, `Disney Live´, em toda a América Latina, além de dirigida por Miguel Falabella, em ´Hairspray´.
A atriz fez parte do elenco de novelas fenômenos do SBT como ‘Carinha de Anjo’ e ‘As Aventuras de Pliana’, onde colhe frutos até o hoje.
Gabriela também é famosa no Irã, pois fez a comédia iraniana, ´Texas´, com os maiores astros do gênero no país.
'Eles estavam procurando uma atriz brasileira para viver a mocinha. Na primeira reunião, me disseram que o filme era todo em persa, mas que eu falaria em português, como se os dois protagonistas entendessem. Recebi o roteiro e memorizei as minhas falas. No primeiro dia de gravação, aqui no Brasil, falaram que eu faria tudo na língua deles. Foi uma loucura e meu maior desafio profissional. Foi sucesso de bilheteria e me convidaram para fazer a continuação, só que dessa vez, seria rodado todo no Irã, onde fiquei durante meu recesso de natal e ano novo, na folga das gravações de `As Aventuras de Poliana´. Foi uma experiência maravilhosa!', explica a ruiva, que interpretou Rubi no longa ´O escaravelho do Diabo´, em 2015.
Na TV Globo, também fez participações em `Malhação´, `Senhora do Destino´, `América´, ´A Regra do Jogo`, ´A Grande Família´ e `Zorra Total´.
Gabi é a nossa Capa da semana no Correio B+. Ela conversou com a gente com exclusividade sobre carreira, cuidados com a beleza, família e novos projetos.
CE - Como foi passar tanto tempo nos EUA e trabalhar lá também?
GP - Foi uma experiência incrível! Até hoje, eu e minha família lembramos com muita saudade.
Fazer o high school completo lá e experimentar o ensino americano me abriu muito a cabeça e me deu oportunidade para testar minhas aptidões. Voltei para o Brasil sabendo exatamente o que queria fazer.
CE - Como foi viajar com o musical da Disney pela América Latina?
GP - Outra experiência enriquecedora. Ter o reconhecimento da Disney e a confiança deles após me verem apresentando no Brasil para me testarem e levarem para apresentar em espanhol, pela América Latina, foi muito gratificante enquanto artista.
CE - Você teve experiências diversas no Domingão do Faustão como cantora, depois repórter, novela... Como foi esse crescimento Gabi?
GP - Eu estava em outro projeto da Globo, como atriz comediante, chamado Laboratório de Humor, onde eu e mais nove humoristas estávamos criando personagens para um possível programa na casa. Na segunda etapa, os roteiristas da casa entraram para trabalhar com a gente e a esposa do Fausto, a Lu Cardoso, fazia parte desse time.
Eu compus um jingle de abertura e eles usaram no piloto, mas o programa ficou engavetado.
No mesmo dia que nos avisaram isso, a Lu virou para mim e falou: “Gabi, você é cantora, adorei o jingle, a banda do Domingão vai ser reformulada, já falei de você para o Fausto e a banda quer fazer um teste com para ver se você se encaixa'.
No dia seguinte, lá estava eu em sintonia total com essa banda maravilhosa, que até hoje mora no meu coração. Lá eu fazia de tudo porque o Fausto e a produção sabiam que eu não era apenas cantora e quando tinham outras oportunidades, eu participava.
Sou muito, muito grata a toda aquela equipe, pela confiança e todo aprendizado durante anos de programa. Ganhei uma família.
CE - Você fez novelas fenômenos de audiência no SBT, é um outro aprendizado, experiência e público né?
GP - Trabalhar para o público infantil, em uma emissora tão querida, foi demais.
Foram 3 anos gravando Poliana e 3 anos de alegria pura. Esse público é um presente, que acho que todo ator deveria receber.
É fiel demais, cheio de amor e carinho. Até hoje sou reconhecida pela personagem Sophie. É uma delícia ver os olhos das crianças brilhando quando te encontram na rua e eu amo a empolgação delas.
CE - Cinema... Brasil e Irã?
GP - Muito diferente. Outra cultura, outra metodologia, ou seja, se vira nos 30 total, mas eu fui bem treinada por anos no Domingão do Faustão. (Risos)
Fui a protagonista da trilogia “Texas', uma comédia, que traz no elenco os dois maiores astros iranianos, Sam Derakhshani e Pejman Jamshidi.
Eles estavam procurando uma atriz brasileira para viver a mocinha.
Na primeira reunião, me disseram que o filme era todo em persa, mas que eu falaria em português, como se os dois protagonistas entendessem. Recebi o roteiro e memorizei as minhas falas.
No primeiro dia de gravação, aqui no Brasil, falaram que eu faria tudo na língua deles. Foi uma loucura e meu maior desafio profissional.
Com o sucesso de bilheteria, me convidaram para fazer a continuação, só que dessa vez, seria rodado todo no Irã, onde fiquei durante meu recesso de Natal e Ano Novo. Foi uma experiência maravilhosa! Quando desembarquei lá, que tive a dimensão do trabalho! Fiquei famosa! Fui recebida por uma multidão de fãs.
Todo lugar que eu ia todos me reconheciam e tinham muito orgulho de uma atriz estrangeira estar lá, participando dos filmes e da cultura deles. Eles adoram isso.
Tenho anos de carreira aqui, no Brasil, mas com o filme, virei celebridade por lá. Até hoje tento me acostumar com isso.
CE - O filme foi lançado no Brasil?
GP - Não. É um humor e piadas bem particulares deles. Em maio de 2020, eu estava para ir novamente para gravar o Texas 3, assim que acabasse de gravar Passaporte para a liberdade, mas com a pandemia, em março, ficou tudo parado e ainda não sabemos quando faremos.
CE - E trabalhar com o Miguel Falabella...
GP - Um querido, talentoso, generoso, divertido.
CE - Você gosta de fazer musicais?
GP - Amo. Em 2007, eu fiz meu primeiro grande musical aqui no Brasil, que foi o Peter Pan. Foi o trabalho mais lindo que fiz até hoje, sem dúvida.
Quando acabou, em 2008, os executivos da Disney sabendo que eu falo espanhol, me convidaram para apresentar o Disney Live pela América Latina e no Brasil também.
Daí um trabalho acaba levando a outro... Em 2009, veio Hairspray e foi lindo demais. Foi o musical que mais aprendi, pois tive a oportunidade de fazer 6 personagens diferentes.
Eu era a substituta de praticamente todas as personagens femininas, então cada semana fazia algo diferente. Apesar da TV ter me tirado dos palcos por anos, quero voltar em breve.
CE - Como foi fazer Passaporte para a Liberdade? Algo de tanta expressividade dentro de fora do país com um dos maiores diretores, o Jayme Monajardim?
GP- Foi demais, um grande aprendizado, pois a linguagem usada na série era mais dramática, um arco sombrio, contido, bem diferente de tudo que já fiz, então com certeza eu aprendi muito. Paramos na pandemia e voltamos a gravar em 2021.
Então, foram anos com a mesma turma para realizar um dos trabalhos mais lindos e intensos que já fiz.
CE - Trabalhar com Jayme Monjardim...
GP - Um gênio, carinhoso, dedicado. O set do Jayme é uma paz, cheia de respeito e profissionalismo. Me encho de orgulho ao falar que fui dirigida por ele. Quero trabalhar mais com ele.
CE - Você gosta de fazer humor? Ou prefere o drama?
GP – Prefiro o humor. Está mais próximo da minha personalidade (Risos).
CE - Gosta de novelas e trabalhos na linha infantil, infanto e adolescente inclusive Malhação?
GP - Sempre assisti Malhação. Hoje em dia, só me restaria ser professora ou mãe de algum aluno. (Risos)
CE - O que gosta de fazer em seus momentos de lazer?
GP - Amo sair para passear, viajar, fazer caminhadas, ficar em casa com a família, e sozinha em outros momentos...
CE - Uma inspiração Gabi?
GP - Minha família.
CE – É verdade que congelou seus óvulos? Ser mãe é um grande sonho?
GP - Ainda não. Quero ser mãe um dia e congelar me dá uma tranquilidade de que poderei fazer isso quando bem entender.
CE - Você se apresenta como cantora? Como concilia as carreiras?
GP - Sempre cantei e dancei, mas nunca tive pretensão de ser uma cantora.
Por incrível que pareça, quase todos os trabalhos que eu pego envolvem cantar e atuar. Meus personagens sempre têm algo ligado a música.
Eu uso a música como um bônus artístico, mas nunca foi minha intenção virar uma cantora solo. Gosto de estar em grupos cantando, fazendo backing vocal, harmonizando vozes.
CE - Você toca alguns instrumentos, como violão, bateria, ukulele, castanholas e Kazoo. Desde quando e como aprendeu?
GP - Tenho facilidade com instrumentos e tudo ligado a ritmo. Acho que faz parte da minha curiosidade enquanto atriz.
Dá a louca e quero aprender castanhola porque acho que, algum dia, irei usar em um personagem, então vou no YouTube e aprendo a tocar em um dia.
Todo mundo acha que eu fiz aulas por anos... (Risos) Aprendo o que quero, e depois canso e mudo para outra coisa.
CE - Quais os cuidados que você tem com sua beleza e com sua alimentação?
GP - Tento me cuidar com a parte estética e mental. Sou muito branquinha e consequentemente, tenho uma pele mais frágil. Cuido bastante dela.
Quanto a alimentação, tenho paladar infantil e adoro uma besteirinha, a sorte é que não sou chegada em doces, mas compenso no salgado.
Não posso reclamar, pois tenho metabolismo muito bom. Eu engordo e emagreço com muita facilidade. Eu amo comer.
CE - Novos projetos?
GP - Estou lançando minha marca de maquiagem com produtos específicos, que vão facilitar a vida das mulheres. Em breve!!!