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Homem tenta enganar PF e Receita transportando R$ 3 milhões em cocaína
Suspeito transportava 125 kg da droga e tentou entrar no país por acesso oficial, em Corumbá
CORREIO DO ESTADO / RODOLFO CéSAR
Um homem, ainda não identificado, tentou acessar o Brasil, via Corumbá, com 125 kg de cocaína. O caso foi nesta sexta-feira (8), por volta das 14h. O entorpecente pode custar cerca de R$ 3 milhões no mercado ilegal. O veículo que ele conduzia era de modelo antigo e não custa mais do que R$ 10 mil. No último dia 21, PF apreendeu 116 quilos do mesmo material em caminhões que buscavam deixar o município.
O suspeito viajava em veículo com placas do Brasil e desobedeceu ordem de parada da fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB) no Posto Esdras, na fronteira.
O local fica na divisa de Brasil com Bolívia e é a primeira barreira para entrar em território brasileiro. Por ser acesso oficial entre os países e com policiamento, apesar de muitas vezes precário, quando pessoas tentam cruzar o local com ilegalidades há o termo usado que esses criminosos fazem 'cavalo doido'.
Depois da ordem de parada, o homem empreendeu fuga até uma trilha clandestina que fica a 200 m do Posto Esdras. Essa estrada é também de acesso a assentamentos.
O homem abandonou o veículo com a droga para evitar a prisão e cruzou a fronteira para a Bolívia a pé, por meio de trilha clandestina. Esse caminho é de menos de 150 m. No país vizinho, a polícia brasileira não tem jurisdição para atuar e depende de autoridades bolivianas.
Policiais militares, federais e servidores da Receita Federal fizeram buscas pelo viajante durante toda a tarde, porém ele não foi localizado até por volta das 18h.
'Em conferência física minuciosa no veículo abandonado, aproximadamente 125 kg de cocaína foram encontrados em seu porta-malas. A droga foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Federal (DPF) de Corumbá', informou a Receita Federal, em nota.
A cocaína vai passar perícia oficial para avaliar o grau de pureza. Inquérito vai ser instaurado para apurar quem era o motorista e o possível dono do entorpecente.
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