Esportes
Análise: na frieza de Hulk, Atlético-MG exibe força do elenco e sai na frente de principais rivais no Brasileiro
Se Flamengo e Palmeiras estrearam com tropeços na competição, Galo dá largada com vitória sólida sobre o Inter, mesmo com time (e esquema tático) alternativo
GLOBOESPORTE.COM / MARCELO CARDOSO
O Brasileirão começou da mesma forma que terminou para o Atlético-MG: chuva de gols de Hulk dentro de campo, e festa nas arquibancadas no Mineirão. Em uma tarde "comum" do atacante, o Galo estreou na competição com vitória por 2 a 0 sobre o Internacional e larga na frente dos (prováveis) principais rivais ao título da competição.
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Desgastado da viagem de quase 24 horas (entre ida e volta) para a Colômbia, onde venceu o Tolima no meio de semana, o Atlético foi a campo com um time e formação alternativa. Turco Mohamed abriu mão dos meias ofensivos e montou um time com quatro atacantes.
Mudança que poderia representar uma dificuldade na criação de jogadas, uma bagunça ofensiva. Pelo contrário: deu muito certo. Sobretudo nos minutos iniciais.
Com Keno e Ademir abertos nas pontas, e Hulk e Sasha se alternando entre as funções de primeiro e segundo atacante, o Galo surpreendeu o sistema defensivo do Internacional e promoveu uma avalanche. Aos 3 minutos, Eduardo Sasha quase fez de cabeça. Aos 8, Ademir acertou o travessão na tentativa por cobertura. E, aos 9, Hulk abriu o placar numa aula do que é ser atacante.
Em um início onde um time dominou o outro taticamente, o gol saiu numa jogada de improviso. Após sobra do escanteio, Alonso tentou a primeira bola para Nathan Silva. Voltou, e ele mandou de cabeça para Hulk. Na cara do gol, o camisa 7 teve a frieza de um super-herói para driblar Daniel com um toque na bola, e com outro mandar para o gol vazio.
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À frente do placar, o Atlético seguiu dominando, mas sem o mesmo ímpeto ofensivo da avalanche inicial. O jogo ficou mais preso no meio-campo, onde Allan e Otávio tiveram atuação de maestria. Sobretudo o "novato", que substituiu Jair e fez grande jogo tanto com quanto sem a posse da bola. Desempenho para colocar uma pulga atrás da orelha do treinador.
Segundo tempo abaixo
A primeira etapa terminou com domínio absoluto do Atlético, que teve quase 60% de posse de bola e finalizou mais que o triplo das vezes do rival (7 a 2). Depois do intervalo, porém, Cacique Medina corrigiu os problemas táticos do Inter, que passou a se aproveitar da superioridade numérica no meio campo e cresceu no jogo.
Vendo o cenário perigoso em que o jogo se desenrolava, Turco sentiu a necessidade de, logo aos 12 minutos, colocar mais um homem na área central do campo. O escolhido foi Zaracho, poupado da última partida por causa de um desgaste muscular. Pouco depois, fez mais duas mudanças de ordem física, com as entradas de Savarino e Jair. O Atlético melhorou, mas seguia nervoso com a posse da bola.
O time terminou o segundo tempo com 18 passes errados, 10 a mais do que a quantidade de erros da primeira etapa. Por pouco, não viu o Inter empatar em um contra-ataque mortal, que teve bola na trave de Edenilson. Tal qual 2021, no entanto, a sorte parece acompanhar o atleticano.
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E a "sorte" é ainda mais aliada de quem trabalha. E não há quem dê mais exemplo de trabalho neste grupo do que Hulk. No sábado, o atacante divulgou em suas redes um "super-regenerativo" de quase 6 horas que fez em casa para aliviar o desgaste da viagem a Ibagué.
Claro, não dá para cravar que foi esse o motivo do golaço nos acréscimos, mas querendo ou não, do quarteto de ataque que iniciou o jogo, só Hulk ficou em campo durante os 90 minutos. Aos 47, ele recebeu passe na medida de Zaracho, pedalou com enorme facilidade para cima de Kaique e tocou com mais tranquilidade por cima de Daniel.
Golaço, de quem chega ao início do Campeonato Brasileiro com números individuais impressionantes. Já são 13 gols em 11 partidas disputadas no ano. Nos últimos 28 jogos em que esteve em campo, fez 28 gols. Pela quarta vez em 2022, marcou duas vezes na mesma partida.
Na rodada de partida em que o Flamengo estreou com empate diante do Atlético-GO, e o Palmeiras perdeu em casa para o Ceará, o Galo já sai na frente daqueles cotados como principais rivais na disputa pelo título.
Claro, ainda é só o primeiro de outros 37 passos de uma longa caminhada, que só tem fim em novembro. Mas assim como fechou o histórico ano de 2021, o atleticano abre a competição com vários motivos para sorrir. O Galo abre o Brasileiro com o pé esquerdo (e mágico) de Hulk .
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