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Tite revela papo com Ancelotti sobre Vini Jr e preferência por brasileiro como sucessor na Seleção

Em entrevista ao "Marca", técnico da seleção brasileira conta mais sobre decisão de deixar CBF e defende Neymar de críticas na França: "A nível de comportamento não tive um só problema"

GLOBOESPORTE.COM / REDAçãO DO GE


Técnico Tite orienta jogadores durante treino da Seleção: treinador se despede da passagem pela CBF em dezembro — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

O técnico da seleção brasileira masculina, Tite, contou que buscou informações com seu colega do Real Madrid para aproveitar o melhor de Vini Jr. O papo com Carlo Ancelotti, com quem o treinador brasileiro tem boa relação, serviu para o atacante do Real se sentir mais à vontade na Seleção.

Tite revelou a conversa com Ancelotti em entrevista ao jornal espanhol "Marca". Entre diversos assuntos, principalmente sobre os jogadores do time merengue, o treinador brasileiro contou que não pode se dar ao luxo de definir seu sucessor, muito menos tratar do tema, já que não lhe pertence, mas expressou seu desejo de ver algum colega brasileiro à frente da seleção canarinha.

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A resposta veio em seguida da pergunta sobre a possibilidade de Pep Guardiola assumir a seleção brasileira. A intenção existiu pelas mãos do ex-presidente da CBF Rogério Caboclo.

- Tem muito tempo ainda... Mas existem grandes técnicos brasileiros. Não tenho esse direito, mas sim (prefiro que seja brasileiro). Ainda que respeite todos - pontuou Tite.

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Sobre a decisão de deixar a seleção brasileira, o treinador contou que a decisão já estava amadurecida e que entende ser o fim natural de um ciclo de seis anos. "Tenho que ganhar o Mundial", comentou antes de tratar um pouco dos motivos da decisão.

- A família está muito exposta também. A exposição é grande, bonita e maravilhosa, mas é dura também - disse o treinador.

"Queremos o melhor para ele"

Tite não precisou na entrevista quando foi a conversa com Ancelotti, mas contou ser algo nem tanto incomum esse papo com o colega italiano. De certa maneira, sentiu peso menor de Vinicius nos últimos jogos pela seleção brasileira. Contra o Chile, em março, fez seu primeiro gol. Ainda por cima, o primeiro gol saiu no Maracanã.

- Agora ele entra com mais naturalidade, como se tivesse tirado um peso. Perguntei ao Ancelotti sobre o que poderíamos fazer, que funções táticas faziam no Real Madrid para ajudá-lo na Seleção a jogar como no Real Madrid. Tratamos de situações ofensivas que lhe deram liberdade criativa, de um contra um, do processo criativo. É uma coisa bonita e transparente de dois técnicos que querem o melhor para ele - detalhou Tite ao jornal espanhol.

O tema Neymar também foi explorado na longa entrevista. Tite foi questionado sobre as críticas que o craque sofre na França, uma delas mais pesada, de um jornalista que o acusou de chegar alcoolizado em treinamentos. O atacante brasileiro já fez algumas menções irônicas a essa abordagem nas redes sociais. Uma delas depois de marcar três gols e dar três assistências na vitória do PSG por 6 a 0 sobre o Clermont neste fim de semana pela liga francesa.

- Não posso falar do que dizem sobre Neymar. Eu valorizo a relação pessoal que tenho com ele, o tempo que passamos juntos, as relações leais, os treinamentos, a qualidade do jogo quando estamos juntos. O que posso dizer é que a nível de comportamento não tive nem um só problema com ele.